Fraport Airport
Aeroporto Internacional de Fortaleza – CE
Fraport Airport
Aeroporto Internacional de Fortaleza – CE
Obra Crítica
Um aeroporto é considerado missão crítica tanto no lado ar (airside), quanto no lado terra.
No lado ar, estão a torre de controle e a pista de pousos e decolagens com todos seus equipamentos de orientação e sinalização de tráfego, atendidos por subestações dedicadas que alimentam equipamentos que não podem falhar, exigindo redundâncias e confiabilidade superior ao que na TI é designado como TIER4.
Os equipamentos não podem sofrer nenhuma interrupção no fornecimento de energia, pois um avião pode estar naquele momento na rampa de aproximação para pouso.
A subestação de 69 kV é alimentada por 2 circuitos independentes pela concessionária aumentando a segurança, é dotada de 2 transformadores redundantes, onde cada um tem capacidade de atender a carga total do aeroporto. Desta SE saem circuitos para as novas subestações de cabeceira de pista (SEC 13 e SEC 31) através de um fechamento em anel, com link entre elas. Cada SEC recebe dois circuitos de alimentação e conta com no-breaks que suportam também com redundância todos os equipamentos críticos, são escaláveis e com gavetas / módulos hot swap (troca de módulos a quente), contam ainda com geradores pré-aquecidos para partida rápida. Destas subestações partem a alimentação dos equipamentos, em circuitos intercalados onde a eventual falha de um circuito não reduz a performance da sinalização de pista, proporcionando altíssima confiabilidade e disponibilidade.
Os painéis são TTA, forma 3B, com disjuntores extraíveis que possibilitam a substituição a quente e estão automatizados para fazer as transferências de circuito de alimentação em caso de falha na alimentação da concessionária ou outra situação atípica. Também atuando no religamento e transferência automática para o restabelecimento da energia “normal”.
No lado terra, ficam a central de operações de aeroporto (COA), que funciona 24 horas, coordenando os slots de pousos e decolagens, carga e descarga de aeronaves, embarques e desembarques e fluxo de passageiros no terminal. Lá também estão a Polícia Federal, Receita Federal, órgãos sanitários, ANVISA, entre outros.
O terminal retrofitado e sua ampliação são alimentados por duas subestações, também interligadas em anel, cada uma com sua usina de geração a diesel e UPS central para os quadros críticos (36 quadros aprox.).
A nova SE2 contempla 1 PMT de 8 colunas, alimentação por 2 circuitos com link, 6 transformadores de 1,5 MVA cada, 3 QGBTs TTA forma 3B com 6 colunas cada, com disjutores extraíveis, cada um com automação para troca automática da sua alimentação (trafo 1, trafo 2 ou quadro de sincronismo dos geradores).
A SE2 conta ainda com 3 motogeradores de 750 KVA cada, com autonomia de mais de 30 horas e UPS de 400KVA.
A operação de retrofit do terminal, contemplou a troca integral do PMT da SE1, que alimenta todo o terminal antigo, com a inclusão de um novo transformador, substituição de 100% dos quadros elétricos com seletividade das proteções, disjuntores gerais com disparador LSIG (Long-time + Short-time + Instantaneous + Equipment Ground-fault Protection), substituição de 100% dos cabos por não halogenados, transferência de local do COA – centro de operações, PF, RF, troca de toda a iluminação, entre outras atividades, todas estas realizadas com as operações em andamento e sem intercorrências ou interrupção, devido ao extenso planejamento realizado.
Inclusive na troca do PMT, onde toda a infraestrutura, cabos de MT, muflas e PMT novo foram instalados e previamente comissionados, os geradores foram acionados e a carga transferida para estes, sendo que as críticas foram suportadas por no-break durante os 5 segundos de transferência, havendo apenas a redução parcial da iluminação durante estes segundos de transferência. Toda troca dos alimentadores dos 5 trafos existentes, alimentação do PMT novo (2 circuitos), troca dos comandos entre PMT e trafos, PMT1e SE2, PMT1 e SE69, QTA e QGBTs, teste de todos os relés previamente configurados, foi realizada dentro das 4 horas programadas por uma equipe de aproximadamente 25 técnicos. Efetuando ao final da programação a transferência dos QGBTs do QTA-sincronismo (geradores) para o PMT novo com sucesso.
Para a realização das atividades elencadas acima elaboramos o projeto executivo das subestações, painéis, intertravamentos, comandos e proteções; especificamos, compramos, vistoriamos, gerenciamos as entregas, montamos e comissionamos todas as subestações, transformadores, painéis de MT e BT, barramentos blindados, geradores, etc.
Todos os trabalhos citados foram planejados, tanto no que diz respeito aos quesitos e necessidades técnicas, quanto à segurança operacional do aeroporto e segurança dos envolvidos na operação, analisando todos os riscos envolvidos, adotando medidas de mitigação dos mesmos e plano de contingência para emergências.
Números: 11 MVA acrescidos, 2,58 MVA de geração a diesel acrescidos, 600 KVA de UPS escaláveis e hot swap, 3 km de busway, mais de 200 quadros elétricos, 5 QGBTs (24colunas), mais de 64.0000 m de cabo de MT, mais de 10.000 luminárias LED, mais de 900.000 horas de trabalho durante a obra com pico de mais de 300 funcionários.